Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e contém um sistema harmonioso e suficientemente completo de doutrina. Cremos na plena inspiração da Palavra de Deus. Sustentamos que a Palavra de Deus é a única autoridade em todas as questões e afirmamos que nenhuma doutrina pode ser verdadeira ou essencial se não tiver lugar nesta Palavra.
Cremos em Deus, o Pai Todo-Poderoso, o Autor e Criador de todas as coisas. O Antigo Testamento revela Deus de diversas maneiras, manifestando a sua natureza, caráter e domínios. Os Evangelhos, no Novo Testamento, nos dão o conhecimento de Deus como ‘Pai’ ou ‘Meu Pai’, mostrando a relação de Deus com Jesus como Pai, ou representando-O como o Pai na Trindade, e Jesus como o Filho (João 15:8; 14:20). Jesus também confere a Deus a distinção da ‘Paternidade’ a todos os crentes quando O apresenta à luz de ‘Vosso Pai que está nos céus’ (Mateus 6:8).
Cremos que Jesus Cristo é o Filho de Deus, a segunda pessoa da Divindade da Trindade ou da Trindade Divina. Cremos que Jesus foi e é eterno em sua pessoa e natureza como o Filho de Deus, que estava com Deus no princípio da criação (João 1:1). Cremos que Jesus Cristo nasceu de uma virgem chamada Maria, conforme as Escrituras (Mateus 1:18), dando assim origem à nossa crença fundamental no Nascimento Virginal e em todos os acontecimentos miraculosos que cercaram esse fenômeno (Mateus 1:18-25). Cremos que Jesus Cristo tornou-se o “servo sofredor” para a humanidade; esse servo sofredor veio buscar a redenção do homem do pecado e reconciliá-lo com Deus, seu Pai (Romanos 5:10). Cremos que Jesus Cristo está agora como mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5).
Cremos que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade, procede do Pai e do Filho, é da mesma substância, igual em poder e glória, e juntamente com o Pai e o Filho deve ser crido, obedecido e adorado. O Espírito Santo é um dom concedido ao crente com o propósito de capacitá-lo e fortalecê-lo, tornando-o uma testemunha mais eficaz para o serviço no mundo. Ele ensina e guia em toda a verdade (João 16:13; Atos 1:8; 8:39).
Cremos que o Batismo com o Espírito Santo é uma experiência posterior à conversão e à santificação, e que o falar em línguas é a consequência do batismo no Espírito Santo, juntamente com as manifestações do fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23; Atos 10:46; 19:1-6). Cremos que não somos batizados com o Espírito Santo para sermos salvos (Atos 19:1-6; João 3:5). Quando alguém recebe a experiência do batismo no Espírito Santo, cremos que falará em uma língua desconhecida para si mesmo, de acordo com a soberana vontade de Cristo. Ser cheio do Espírito significa ser controlado pelo Espírito, como expressado por Paulo em Efésios 5:18-19. Uma vez que as demonstrações carismáticas foram necessárias para que a igreja primitiva tivesse êxito em cumprir o mandamento de Cristo, cremos, portanto, que a experiência do Espírito Santo é obrigatória para todos os homens hoje.
Cremos que o homem foi criado santo por Deus, composto de corpo e alma. Cremos que o homem, por natureza, é pecador e impuro. Sendo nascido em pecado, necessita nascer de novo, ser santificado e purificado de todos os pecados pelo sangue de Jesus. Cremos que o homem é salvo ao confessar e abandonar os seus pecados, e ao crer no Senhor Jesus Cristo, e que, tornando-se filho de Deus, por meio do novo nascimento e da adoção na família de Deus, pode, e deve, reivindicar a herança dos filhos de Deus, a saber, o batismo com o Espírito Santo.
O pecado, ensina a Bíblia, teve início no mundo angelical (Ezequiel 28:11-19; Isaías 14:12-20), e é transmitido ao sangue da raça humana por meio da desobediência e do engano motivado pela incredulidade (1 Timóteo 2:14). O pecado de Adão, cometido ao comer do fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal, trouxe consigo a contaminação permanente, ou natureza humana depravada, a todos os seus descendentes. Isto é chamado de ‘pecado original’. O pecado pode agora ser definido como uma transgressão voluntária contra Deus e uma falta de conformidade com a vontade de Deus. Concluímos, portanto, que o homem, por natureza, é pecador, e que caiu de um estado glorioso e justo no qual foi criado, tornando-se injusto e impuro. O homem, portanto, precisa ser restaurado ao estado de santidade do qual caiu, mediante o novo nascimento (João 3:7).
A salvação trata da aplicação da obra da redenção ao pecador, com sua restauração ao favor divino e à comunhão com Deus. Esta operação redentora do Espírito Santo sobre os pecadores se realiza mediante o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, o que traz conversão, fé, justificação, regeneração, santificação e o batismo com o Espírito Santo. O arrependimento é a obra de Deus, que resulta numa mudança de mente em relação à posição do homem diante de Deus (Mateus 3:1-2; 4:17; Atos 20:21). A fé é uma convicção certa, produzida no coração pelo Espírito Santo, quanto à verdade do Evangelho e uma confiança sincera nas promessas de Deus em Cristo (Romanos 1:17; 3:28; Mateus 9:22; Atos 26:18). A conversão é aquele ato de Deus pelo qual Ele leva o pecador regenerado, em sua vida consciente, a voltar-se para Ele em arrependimento e fé (2 Reis 5:15; 2 Crônicas 33:12-13; Lucas 19:8-9; Atos 8:30). A regeneração é o ato de Deus pelo qual o princípio da nova vida é implantado no homem, e a disposição dominante de sua alma é tornada santa, sendo assegurado o primeiro exercício santo dessa nova disposição. A santificação é aquela operação graciosa e contínua do Espírito Santo, pela qual Ele liberta o pecador justificado da contaminação do pecado, renova toda a sua natureza à imagem de Deus e o capacita a praticar boas obras (Romanos 6:4; 5:6; Colossenses 2:12; 3:1).
A Bíblia usa o termo “anjo” (um ser celestial) de forma clara e primária para designar mensageiros ou embaixadores de Deus, conforme referências como Apocalipse 4:5, que indica seu dever no céu de louvar a Deus (Salmo 103:20), fazer a vontade de Deus (Mateus 18:10) e contemplar o seu rosto. Mas, visto que o céu deve descer à terra, eles também têm uma missão na terra. A Bíblia indica que acompanharam a Deus na Criação e que também acompanharão a Cristo em Sua volta em glória.
Demônios denotam espíritos impuros ou malignos; às vezes são chamados de diabos ou seres demoníacos. Eles são espíritos malignos, pertencentes ao reino invisível ou espiritual, incorporados em seres humanos. O Antigo Testamento refere-se ao príncipe dos demônios, às vezes chamado de Satanás (Adversário) ou Diabo, como tendo poder e sabedoria, tomando a habitação de outras formas, como a serpente (Gênesis 3:1). O Novo Testamento fala do Diabo como Tentador (Mateus 4:3) e prossegue relatando as obras de Satanás, do Diabo e dos demônios como combatendo a justiça e o bem em qualquer forma, mostrando-se adversário dos santos. Seu principal poder é exercido para destruir a missão de Jesus Cristo. Pode-se afirmar que a Igreja Cristã crê em demônios, Satanás e no Diabo. Cremos em seu poder e propósito. Cremos que podem ser subjugados e vencidos, conforme o mandamento de Jesus ao crente: Em meu nome expulsarão Satanás e a obra do Diabo e o resistirão, e então ele fugirá (se afastará) de vós (Marcos 16:17).
A Igreja forma uma unidade espiritual da qual Cristo é a cabeça divina. Ela é animada por um só Espírito, o Espírito de Cristo. Professa uma só fé, compartilha uma só esperança e serve a um só Rei. É a fortaleza da verdade e o instrumento de Deus para comunicar aos crentes todas as bênçãos espirituais. A Igreja, portanto, é objeto de nossa fé, mais do que de conhecimento. O nome de nossa Igreja, IGREJA DE DEUS EM CRISTO, é fundamentado em 1 Tessalonicenses 2:14 e em outras passagens das Epístolas Paulinas. A palavra IGREJA ou “EKKLESIA” foi aplicada pela primeira vez à sociedade cristã por Jesus Cristo em Mateus 16:18, por ocasião de sua bênção a Pedro em Cesareia de Filipe.
Cremos na segunda vinda de Cristo; que Ele virá do céu à terra, pessoalmente, corporalmente e visivelmente (Atos 1:11; Tito 2:11-13; Mateus 16:27; 24:30; 25:30; Lucas 21:27; João 1:14, 17; Tito 2:11), e que a Igreja, a noiva, será arrebatada para encontrá-Lo nos ares (1 Tessalonicenses 4:16-17). Admoestamos todos os que têm essa esperança a se purificarem, assim como Ele é puro.
A Igreja de Deus em Cristo crê e pratica a Cura Divina. É um mandamento de Jesus aos Apóstolos (Marcos 16:18). Jesus confirma seus ensinos sobre a cura explicando a seus discípulos, que seriam Apóstolos, que a cura dos aflitos se dá pela fé (Lucas 9:40-41). Portanto, cremos que a cura pela fé em Deus tem apoio nas Escrituras e autoridade ordenada. Os escritos de Tiago em sua epístola encorajam os presbíteros a orarem pelos enfermos, imporem as mãos sobre eles e ungi-los com óleo, e que a oração com fé curará os enfermos e o Senhor os levantará. A cura ainda é praticada amplamente e com frequência na Igreja de Deus em Cristo, e os testemunhos de cura em nossa Igreja confirmam este fato.
A Igreja de Deus em Cristo crê que milagres ocorrem para convencer os homens de que a Bíblia é a Palavra de Deus. Um milagre pode ser definido como um ato extraordinário e visível do poder divino, realizado pela eficiente ação da vontade de Deus, que tem como causa final a vindicação da justiça da Palavra de Deus. Cremos que as obras de Deus, que foram realizadas nos primórdios do Cristianismo, ocorrem e continuarão a ocorrer ainda hoje, onde Deus é pregado, a fé em Cristo é exercida, o Espírito Santo está ativo e o Evangelho é proclamado em verdade (Atos 5:15; 6:8; 9:40; Lucas 4:36; 7:14-15; 5:5-6; Marcos 14:15).
É geralmente admitido que, para que uma ordenança seja válida, ela deve ter sido instituída por Cristo. Quando falamos das ordenanças da Igreja, referimo-nos àquelas instituídas por Cristo, nas quais, por meio de sinais visíveis, a graça de Deus em Cristo e os benefícios da aliança da graça são representados, selados e aplicados aos crentes, e estes, por sua vez, expressam sua fé e lealdade a Deus. A Igreja de Deus em Cristo reconhece três ordenanças como tendo sido instituídas pelo próprio Cristo e, portanto, obrigatórias para a prática da Igreja.
A Ceia do Senhor simboliza a morte e o sofrimento do Senhor em benefício e no lugar de Seu povo. Também simboliza a participação do crente em Cristo crucificado. Representa não apenas a morte de Cristo como objeto da fé que une os crentes a Cristo, mas também o efeito deste ato como doação de vida, força e alegria à alma. O participante, pela fé, entra numa união espiritual especial de sua alma com Cristo glorificado.
O Lavapés é praticado e reconhecido como uma ordenança em nossa Igreja porque Cristo, pelo Seu exemplo, mostrou que a humildade caracteriza a grandeza no Reino de Deus, e que o serviço prestado aos outros dá evidência de que a humildade, motivada pelo amor, existe. Esses serviços são realizados posteriormente à Ceia do Senhor; entretanto, sua regularidade é deixada à discrição do Pastor responsável.
Cremos que o Batismo nas Águas é necessário, conforme a instrução de Cristo em João 3:5: A menos que o homem nasça da água e do Espírito. Entretanto, não cremos que o batismo nas águas, por si só, seja meio de salvação, mas sim uma demonstração exterior de que alguém já teve uma experiência de conversão e aceitou a Cristo como seu Salvador pessoal. Como pentecostais, praticamos o batismo por imersão em preferência à aspersão, porque a imersão corresponde mais de perto à morte, sepultamento e ressurreição de nosso Senhor (Colossenses 2:12). Também simboliza regeneração e purificação mais do que qualquer outro modo. Portanto, praticamos a imersão como nossa forma de Batismo. Cremos que devemos usar a Fórmula Batismal dada por Cristo: em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28:19).